segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O que estão fazendo aí?

O que estão fazendo ai? Foi a pergunta lançada no ar, durante a passagem de uma mulher do público: uma passante, a caminho do trabalho, das compras, da casa da mãe... nunca saberemos para onde ela estava indo, mas sabia seu caminho. No entanto, no meio do caminho, tropeçou em cinco palhaços no meio de uma rua do centro de Mauá, que acreditavam, piamente, estarem na praia. E a pergunta, ao ser lançada, fez ecoar na rua a imagem poética e divertida. 
O que estão fazendo ai? O que estamos fazendo aqui? O que estamos fazendo? E por quê estamos fazendo? Para que  estamos fazendo? O que queremos fazer? O que somos e o que fazemos? 
Sim, estávamos ali, não para determinar respostas, pois, isso, atualmente no mundo, tem muita gente fazendo. Estávamos ali para gerar perguntas, dúvidas e, juntamente a elas, reflexão. O que estamos fazendo em meio a um cotidiano de caminhos repletos de obrigações? Por que fazemos? Servimos a quem e ao o que? E por que de repente passamos a não questionar ou pensar sobre isso? 
Quantas pessoas cumprem seus caminhos no centro de Mauá, saindo da estação e passando pela praça XXII de Novembro sem nem lembrar mais porquê o fazem... Tropeçar no palhaço fez com que algumas pessoas levantassem a cabeça e voltassem a perguntar.

Carina Prestupa

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